Olá, tinha gente já reclamando pela demora de um novo post.
Na semana que passou, nos retiramos por dois dias em chácara de amigos na região de Campo Magro, município onde é feita a coleta seletiva de boa parte do "Lixo-que-não-é-lixo".
Ao final de tarde de terça-feira, linda luz derramava-se sobre uma roça e lá víamos uma pessoa de cima do morro, antes do almoço, e mais algumas depois, "quebrando milho", ou seja, tirando as espigas do pé. Foi quando decidimos ir até lá. Conhecemos o Sr. Teodoro, a esposa e um funcionário conhecido como Paraguaio, o que realmente fazia força, carregando aqueles sacos com cerca de 25 kg de milho. Ao me apresentar e pedir para fotografar, logo disparou: você acha que vou dar minha cara para você tirar fotos? Silêncio, fiquei calado diante de resposta tão sincera e conscientizada. Dei-lhe razão no mesmo instante e um calor de vergonha subiu pelo meu rosto, apesar de não ter feito nada de errado.
Nestes dez anos de fotografia, uma coisa posso afirmar, como é importante uma boa abordagem; ela dá o caminho de uma boa foto, ou dificulta e arrasa com tudo. Mesmo assim fiz alguns clicks bem tímidos e deixo aqui a minha admiração por estas pessoas que ralam duro quando a maioria de nós nem tem idéia de como o fubá chega moidinho e pronto na mesa. Aprendi a admirá-los ainda quando morava no interior e li a saga da vida do pintor Vicente Van Gogh enquanto vivia e desenhava os carvoeiros.
Obrigado à todos os agricultores do nosso estado e do Brasil!! Uma homenagem singela!
Na semana que passou, nos retiramos por dois dias em chácara de amigos na região de Campo Magro, município onde é feita a coleta seletiva de boa parte do "Lixo-que-não-é-lixo".
Ao final de tarde de terça-feira, linda luz derramava-se sobre uma roça e lá víamos uma pessoa de cima do morro, antes do almoço, e mais algumas depois, "quebrando milho", ou seja, tirando as espigas do pé. Foi quando decidimos ir até lá. Conhecemos o Sr. Teodoro, a esposa e um funcionário conhecido como Paraguaio, o que realmente fazia força, carregando aqueles sacos com cerca de 25 kg de milho. Ao me apresentar e pedir para fotografar, logo disparou: você acha que vou dar minha cara para você tirar fotos? Silêncio, fiquei calado diante de resposta tão sincera e conscientizada. Dei-lhe razão no mesmo instante e um calor de vergonha subiu pelo meu rosto, apesar de não ter feito nada de errado.
Nestes dez anos de fotografia, uma coisa posso afirmar, como é importante uma boa abordagem; ela dá o caminho de uma boa foto, ou dificulta e arrasa com tudo. Mesmo assim fiz alguns clicks bem tímidos e deixo aqui a minha admiração por estas pessoas que ralam duro quando a maioria de nós nem tem idéia de como o fubá chega moidinho e pronto na mesa. Aprendi a admirá-los ainda quando morava no interior e li a saga da vida do pintor Vicente Van Gogh enquanto vivia e desenhava os carvoeiros.
Obrigado à todos os agricultores do nosso estado e do Brasil!! Uma homenagem singela!

Agricultor de Campo Magro, conhecido como Paraguaio

Sr. Teodoro (fundo) e esposa "quebrando milho" em Campo Magro

Paraguaio e Teodoro, trabalho duro no cultivo do milho
Abraço,